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Morta-viva

  Acho que morri.  Meu corpo ainda está inteiro e sinto a ponta dos meus pés.  Consigo mover a cabeça de um lado e para o outro e meus olhos ainda perseguem as vidas que passeiam pela brisa de primavera. Meu coração ainda bate em meu peito e sinto a grama roçar nos meus calcanhares desnudos. Mesmo assim, acho que morri. Morri entre lógicas erradas, preconceitos inúteis e injustiças desiguais. Morri no peito de cada mulher, jovem ou velha, escancarada como um objeto vazio. Morri nos gritos silenciados, nos silêncios rasos e nos suspiros apressados. Morri na dor e na falta de amor. Quanta melancolia, você deve dizer. Acho que morri antes mesmo de nascer. Dentro do útero, já estava fadada ao caixão. Cruzes deveriam ser a decoração do meu primeiro aniversário. Vivi a vida inteira morta, esperando apenas o bote que cortaria minha respiração. E que enfim pudesse descansar. Espero que numa próxima vida eu não nasça morto. Talvez um corpo de homem seja melhor. Ao menos, posso sen...

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